Entregas no Brasil: por que é urgente regulamentar o setor e proteger trabalhadores e os Correios

Uma disputa desigual: o trabalhador no centro da crise das entregas

O Brasil vive uma verdadeira explosão do comércio eletrônico, impulsionado por grandes marketplaces como Mercado Livre, Shopee, Amazon, Magalu e Americanas. Mas por trás da conveniência das compras online, há um modelo de entregas marcado pela exploração, falta de direitos e concorrência desleal.

De um lado, os Correios, uma empresa pública que respeita leis trabalhistas, mantém estabilidade e benefícios aos seus trabalhadores. Do outro, empresas privadas que se apoiam em modelos precários de contratação para reduzir custos. Quem perde nessa equação? O trabalhador e o serviço público.


A realidade dos entregadores privados: baixos ganhos e nenhum direito

Motoqueiros e entregadores das plataformas privadas são, em sua maioria, contratados como MEI ou autônomos, o que significa:

  • Ganham por entrega, sem salário fixo
  • Não têm férias, 13º ou INSS pago
  • Bancam do próprio bolso a moto, combustível, manutenção e seguro
  • Trabalham jornadas longas e exaustivas

Apesar de movimentarem bilhões, as gigantes do e-commerce lucram às custas da precarização do trabalho.


Os Correios: custo maior, mas com respeito ao trabalhador

Nos Correios, os motociclistas recebem:

  • Salário base + dois adicionais de 30%
  • Vale-alimentação e refeição
  • Plano de saúde, INSS, FGTS, 13º, férias e outros benefícios
  • Proteção sindical e estabilidade

Ou seja, o custo com pessoal é maior, sim. Mas ele representa dignidade, segurança e direitos para quem trabalha. Isso se chama civilização — e não “ineficiência”, como tentam vender.


Um setor sem regras leva ao caos

Essa diferença gritante entre os modelos criou um cenário injusto:

  • Empresas privadas barateiam entregas, mas com trabalho precarizado
  • Correios perdem espaço, mesmo sendo os únicos a atenderem áreas remotas do país
  • O mercado caminha para o caos, sem regras nem proteção social


A saída: regulamentar JÁ o setor de entregas

É urgente uma regulamentação nacional do setor de encomendas, que:

  • Garanta direitos trabalhistas básicos a todos os entregadores (inclusive MEIs)
  • Estabeleça normas de contratação e remuneração justa
  • Evite a concorrência predatória contra os Correios
  • Proteja o serviço postal público, essencial à soberania e à integração nacional


Não é só uma questão de mercado. É uma questão de justiça social.

A luta pela regulamentação do setor de entregas é uma pauta única, que une os trabalhadores das plataformas e os trabalhadores dos Correios. Afinal, todos merecem dignidade no trabalho.

E você, trabalhador, também faz parte dessa luta. Fique atento. Converse com seus colegas. Pressione os sindicatos. Porque um país que aceita a precarização como regra está abrindo mão do seu futuro.


✍️ Por Junior Solid

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