Na sexta-feira (05/09), a Fentect e a Findect tiveram uma reunião com o Vice-presidente do TST, Ministro Ives Gandra Filho. O Ministro iniciou a reunião dizendo que havia conseguido avanços na nova proposta da empresa para pagamento de PLR/2013, mas a proposta só seria aceita, se não houve greve na Campanha Salarial. Absurdo!!!
Segundo o Informe 63 da Fentect, o ministro apresentou de forma extraoficial, a proposta que a ECT teria para pagamento da PLR:
- Pagamento condicionado à assinatura para a PLR em 3 (três) anos - PLR 2013, 2014 e 2015;
- A PLR de 2013 (que já deveria ter sido paga até o final do mês de maio/2014). A ECT propôs distribuir R$ 38 milhões de forma linear, que dividindo entre os 120 mil trabalhadores, aproximadamente, daria aproximadamente R$ 300,00 para cada, e distribuir outros R$ 38 milhões em até 7 faixas (parte escalonada), dos quais não temos como calcular, pois a ECT não divulgou a metodologia deste escalonamento. Concluindo, o valor final da PLR distribuída de maior valor não poderá exceder em 5 vezes o de menor;
- A PLR de 2014 também seria distribuída com o mesmo critério de 2013, com 50% em lucro líquido e 50% em incetivo de produtividade, estabelecendo que para o trabalhador participar dos 50% do incetivo de produtividade ele teria que se submeter ao critério do IDO - Índice de Desempenho Operacional;
- A PLR de 2015 seria distribuída em 40% de lucro e 60% de índice de produtividade, de forma que além do IDO, também entraria neste ano quatro critérios de produtividade.
Informe 63 da Fentect
Resumo da Proposta apresentada pelos Correios
O que dar para perceber é que os Correios e o TST falam a mesma língua, se analisamos, se estão dobrando o montante da PLR de R$ 38 milhões para R$ 76 milhões, no minimo o valor da proposta de R$ 272,00 dobraria para R$ 544,00. Mas não será bem assim...
De acordo com o Jornal do Conlutas, a empresa junto com o ministro do TST deixou bem claro, que só vai liberar esse valor, se os trabalhadores não fizerem a greve da Campanha Salarial. Disse ainda, que que o DEST autorizou o pagamento de 6,5% nas clausulas econômicas, deixou bem claro que o Tribunal Superior do Trabalho se for julgar o dissidio coletivo, seguirá neste sentido, já que o TST oferece apenas a reposição da inflação. O ministro promete que vai propor que a ECT apresente um aumento real de salario aos trabalhadores para evitar a greve nacional.
Informe 09 do Jornal do CSP-Conlutas Correios
Vale lembrar que o ministro só promete, mas nunca faz uma proposta que realmente beneficie os trabalhadores. E o pior, a campanha salarial já está com a mediação do ministro antes mesmo dos trabalhadores participarem ou começarem uma greve. Não está se falado nada sobre alguns pontos importantes, como o Vale Cultura Retroativo, Plano de Saúde com gestão dos Correios, as má condições de Trabalho entre outros.
O trabalhador tem que ficar atento a todos os pontos dessa campanha salarial e com a PLR, não podemos focar somente em um ponto e esquecemos dos outros, essa é a grande armadilha que a empresa está fazendo contra nós.
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