União. Até tu Dilma?


Pois é caros colegas. Mais uma eleição passou e agora podem xingar esse que aqui escreve de prepotente, arrogante, vidente charlatão, de pelego, ou de desumilde (palavra da aqui de casa:)) Mas, para a dor de barriga e cabeça de muitos adivinha quem estava certo de novo???
A primeira coisa a ser dita de concreto é o seguinte: o Brasil está sim dividido. E está dividido entre os que preferem outro no poder e os que preferem o PT continuando no poder, por variados motivos em cada grupo. E o que chama a atenção é o discurso igual desses polos tão próximos que são o PT e PSDB. Os dois falaram de união. E quem melhor do que eu para encher o saco sobre o assunto não é mesmo?

Infelizmente, a experiência que tenho com os 2 partidos relata uma coisa: os 2 grupos querem união sim, mas união com quem queira apoia-los contra o outro partido.

“Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria. Não acredito que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Creio que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca por um futuro melhor” disse Dilma. 

Lindo. Poético. O problema vem logo depois.

"Minhas primeiras palavras são, portanto, de chamamento e união. Democracia madura e união não significam necessariamente unidade de ideias nem ação monolítica conjunta, mas, em primeiro lugar, disposição para o diálogo. Esta presidente aqui está disposta ao diálogo". 

O que isso significa quando sai da boca do PT? Até hoje o recado foi bem claro e os trabalhadores na ECT conhecem bem. 

Quando o PT fala em dialogar ele manda os outros concordarem com ele. Quem não concorda é colocado como inimigo e pronto. Sofrem todo o tipo de barbaridades por discordar e sempre são atacados com mentiras, principalmente as que os taxam de inimigos do povo. Resultado disso foi o que temos nessa eleição. A oposição em todos os campos cresceu e muito no governo Dilma sem conseguir fazer nada pelo povo, sociedade ou por categorias. Sim caros colegas, o PSDB cresceu, Marina cresceu, os radicais cresceram o descontentamento de forma geral aumentou muito sem que esses grupos tenham conquistado absolutamente nada em favor dos brasileiros. O anti PT cresceu e uniu muita gente que se esforçou para tirar o PT, quase conseguindo. E isso somente vai se agravar.

Aécio disse "Cumprimentei agora há pouco, por telefone, a presidente reeleita. E desejei a ela sucesso na condução do seu próximo governo. E ressaltei: considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros. — afirmou o tucano, que terminou seu discurso agradecendo aos brasileiros: — Combati o bom combate, cumpri minha missão e guardei a fé. Muito obrigado a todos os brasileiros.

Até quando vai durar esse desejo de boa sorte por união? Até saber quantas pessoas vão continuar unidas a ele no combate ao PT, pois antes do dia dos mortos chegar (02 de novembro) veremos novamente a Petrobras nos noticiários com escândalos e bradando ainda mais alto o PSDB estará lá como inimigo do PT.

O que temos aí é nada mais do que 2 chamamentos para a guerra que virá. Guerra essa abastecida pelo fato de que diálogo entre esses 2 extremos tão próximos é impossível, o PSDB sente que a presidência lhe fugiu por pouco das mãos e o PT acredita que pode convencer mais gente a endireitar como eles fizeram apoiando esse governo de direita social que ama a iniciativa privada mais do que tudo pois a iniciativa privada concorda fácil com tudo o que o governo fala. Pelo menos enquanto lucrarem muito e fácil com isso...

Qual o futuro nisso então?



A escolha que o governo federal terá de fazer é sobre buscar a união de fato com quem critica o autoritarismo do PT ou se vai continuar alimentando as fileiras da oposição com mais e mais pessoas descontentes. Pela primeira vez na história o PSDB teve militância real e olha só quem eram os militantes... ativistas e partidários experientes que apanharam muito por discordarem do PT. Partidos de esquerda, sindicatos, até mesmo parte do MST abraçou não a Aécio mas o não ao PT. Em nenhum outro lugar isso foi tão forte quanto na ECT. Sendo assim devolvo as palavras de Dilma ao seu próprio governo.

Se me permitem, os trabalhadores dizem a vocês do governo federal e diretoria da ECT:
"Minhas primeiras palavras são, portanto, de chamamento e união. Democracia madura e união não significam necessariamente unidade de ideias nem ação monolítica conjunta, mas, em primeiro lugar, disposição para o diálogo. Esta presidente aqui está disposta ao diálogo"

Não uma submissão ao que é hoje o PT endireitado. Não vamos mudar nosso jeito de agir e nossos desejos (com nossas necessidades) em nome de regras do mercado privado. Não vamos ter uma unidade de ideias nem ação monolítica como esse governo tenta sempre impor aos funcionários enriquecendo a empresa e continuando com funcionários pobres. Se vamos dialogar vai ser o governo respeitando os trabalhadores do jeito que somos, realizando nossos planos e saciando nossas necessidades.

Wilson Araujo



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