No dia 22/03/2016, em sua 3ª Reunião Extraordinária/2016, o até então presidente dos Correios, Giovanni Queiroz (PDT-PA) tomou as primeiras posições no cargo, no qual surpreendeu muitos trabalhadores, reduzir os próprios salários, tanto do presidente e dos seus vice. Um dos motivos que foi declarado, que seria para cortar gasto, no qual a empresa economizaria R$ 110 mil reais por mês, só com essa redução de salários, que girava em 30% a menos. Na época foi divulgado que os salários tinham sido reduzidos de R$ 46 mil para R$ 27 mil por mês.
O aumento do salários do alto escalão da empresa, contou com voto do candidato a reeleição, Marcos Cesar Alves Silva. O Conselho de Administração dos Correios aprova a retirada do teto salarial e assim o Presidente que passará ganhar R$46.000,00 e as vice presidências R$40.000,00.
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Ele votou pelo aumento dos salários da direção da empresa |
Mesmo com a mudança do presidente, isto vai de contra-mão do discurso da empresa de economizar.
O argumento da empresa é que, para atrair executivos de mercado para as funções, era preciso alinhar os salários aos praticados no mercado. A decisão tinha ocorrido em meio ao caos financeiro da empresa que encerrou 2015 com R$ 2,1 bilhões de reais de prejuízo segundo eles.
Na Revista Veja, os Correios declarou:
“Os Correios esclarecem que o retorno do pagamento dos honorários dos dirigentes da empresa, além de ter sido uma decisão para equiparar os rendimentos do presidente e dos vice-presidentes da estatal com os praticados na Administração Indireta e outras empresas públicas vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, não compromete o orçamento encaminhado ao Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – DEST, departamento responsável por determinar as políticas e diretrizes para as empresas estatais do Brasil.”
Para isso o DEST sempre Libera.
Antes de apresentar os prejuízos de R$ 313 milhões em 2013, de R$ 20 milhões em 2014 e de R$ 2,1 bilhões em 2015, os Correios fecharam 2012 com R$ 6 bilhões em aplicações. Mas os resultados deficitários dos anos seguintes e os fortes repasses de dividendos para o Tesouro Nacional, para ajudar no fechamento das contas do governo, fizeram com que os recursos investidos fossem minguando nos anos seguintes. No ano passado, fechou em menos de R$ 2 bilhões.
Vamos lembrar a matéria que saiu no Estadão, onde diz que a empresa não dinheiro no caixa e que vai precisar de financiamento para pagar salários dos funcionários.
Tirar 70% do abono pecuniário para economizar vale, manter a redução salarial do alto-escalão não vale.
3 Comentários
Alguns pontos para reflexão adequada dos colegas sobre esta decisão:
ResponderExcluir1) Não somos favoráveis a nenhum arrocho salarial e isso vale para todos os empregados - dos Carteiros à Diretoria. Todos devem receber remunerações compatíveis com as atividades desenvolvidas e os níveis de responsabilidade.
2) Não pregamos a divisão de categorias. Todos precisam estar imbuídos do mesmo espírito.
3) Não é reduzindo os salários de 9 dirigentes que se resolverá a situação da Empresa. Os salários desses dirigentes devem estar compatíveis com o mercado (outras estatais etc) e ser motivadores para os próprios trabalhadores de carreira da Empresa enxergarem neles um desafio a ser alcançado ao final de suas carreiras, pois é esse o quadro que se delineia com as novas regras que deverão ser implementadas para a escolha de dirigentes de estatais.
4) Com salários justos, não há justificativa para trazer para a Empresa indicados políticos. É possível escolher bem entre o pessoal do quadro próprio ou até buscar no mercado pessoas experientes em suas áreas, para tirar a Empresa da difícil situação em que se encontra.
Maiores informações sobre este e diversos outros temas de interesse dos trabalhadores estão publicados, de forma transparente e detalhada em nosso blog, em http://conselhocorreios.blogspot.com .
E o abono pecuniário do trabalhador ?
Excluirpor acaso 27.000 reais é pouco?
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