Correios anunciam automação na separação de encomendas: avanço ou risco para os trabalhadores?

Os Correios deram mais um passo em sua jornada de modernização ao firmar uma parceria com a multinacional Pitney Bowes para a adoção de 52 novas máquinas de automação na separação de encomendas. O objetivo, segundo a empresa, é aumentar a eficiência em 30% e melhorar a qualidade dos serviços. Mas o que isso significa para os trabalhadores que estão na linha de frente?


Automatização e suas promessas

De acordo com os Correios, os novos equipamentos, da linha One Ship Slim Sorter, são compactos, altamente customizáveis e de tecnologia 100% nacional. A promessa é otimizar o processo de separação e classificação de mercadorias nos Centros de Distribuição, tornando o fluxo de encomendas mais ágil e confiável.

A expectativa da empresa é que, até dezembro de 2026, 80% do manuseio de encomendas no Middle Mile esteja automatizado, ampliando a capacidade operacional dos Correios e acompanhando o crescimento do e-commerce no Brasil.


E o trabalhador?

Embora a automação traga melhorias operacionais, é preciso discutir seus impactos sobre a mão de obra. Uma mudança dessa magnitude pode gerar preocupações como:

  • Redução de postos de trabalho: Com a autossuficiência das novas máquinas, há o risco de substituição gradual de trabalhadores que hoje realizam essas atividades manualmente.
  • Sobrecarga de funções: Os empregados que permanecerem podem ser designados para novas atribuições, possivelmente com maior exigência técnica e física.
  • Pressão por produtividade: O aumento da eficiência pode ser acompanhado por uma cobrança ainda maior para cumprimento de metas, elevando os níveis de pressão sobre os funcionários.
  • Qualificação e adaptação: Os empregados precisarão de treinamento para operar os novos sistemas, o que exige investimento da empresa e um plano de transição justo para os trabalhadores.


Sindicato e negociação

A modernização dos Correios é inevitável, mas deve ser conduzida com responsabilidade social. O sindicato deve acompanhar de perto esse processo, garantindo que a implantação das máquinas não resulte em demissões em massa ou sobrecarga de trabalho.

Uma solução justa seria um plano de requalificação para os trabalhadores afetados, além de garantias de realocação dentro da empresa. Afinal, a modernização não pode ser sinônimo de precarização!


Conclusão

A chegada de novas tecnologias é uma realidade no setor logístico, mas deve ser acompanhada de um compromisso com os trabalhadores. Se os Correios querem avançar na inovação, é fundamental que esse progresso também beneficie seus funcionários, garantindo condições dignas de trabalho e estabilidade.

A categoria deve se manter atenta e mobilizada para assegurar que a modernização venha acompanhada de valorizacão profissional, segurança no emprego e respeito aos direitos dos trabalhadores.

E você, trabalhador dos Correios, como vê essa mudança? Deixe seu comentário e participe desse debate essencial para o futuro da categoria!


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