Pessoal, fui procurado por alguns companheiros e companheiras pedindo que manifestasse a minha opinião sobre a nossa campanha salarial e a conjuntura que nos rodeia até o momento.
Bem, não irei me alongar, mas passarei a pontuar o que segue:
1 - A ECT é eleita pela revista Exame, no mês de julho/2015, entre às 20 melhores e maiores empresas do Brasil, sendo um dos critérios para está entre as vinte gozar de uma "ótima saúde financeira";
2 - No mês de Novembro/2015 é realizada a transição de governança na ECT com a saída do então presidente Wagner Pinheiros (PT) e a vinda do Giovanni Queiroz (PDT) que nos seus primeiros dias a frente dos Correios alega que a Empresa está deficitária e que só haverá recursos para honrar os salários dos seus empregados até setembro/2016, além de colocar em xeque inúmeros direitos, e a própria empregabilidade dos trabalhadores com a possibilidade de fechamento de milhares de postos de trabalho tendo como alvo principal as Agências de Correios;
3 - Parte do movimento sindical, entre eles a FENTECT e seus sindicatos filiados, não confiam no discurso do presidente Giovanni Queiroz e passam a se contrapor aos dados da ECT através de Estudo realizado pela H&J Consultores Independentes;
4 - A Consultoria passa apontar Patrocínios, Contratações Diretas sem Licitação, Criação de Funções, Postal Saúde, Pós Emprego, entre outros, como sendo os principais elementos para a ECT alegar o suposto déficit após 19 anos de superavit;
5 - Devido a conjuntura acima 👆🏼, as duas federações decidem unificar as suas forças, deixar de lado as suas diferenças políticas e essa decisão é acompanhada pelos 36 Sindicatos de Correios em âmbito nacional, sendo muito bem aceita a unificação por todos e todas os (as) Ecetistas;
6 - Com a saída do presidente Giovanni Queiroz (PDT), a vinda do Guilherme Campos (PSD), o início da nossa campanha salarial, as propostas do governo Temer (PMDB) passam a criar "forma", através do intuito de querer privatizar os Correios, entre outras estatais;
7 - Num segundo momento o governo Temer recua em realizar a privatização direta... (facilitada pela lei 12.490/11 aprovada pelo PT e que teve resistência de todo movimento sindical de correios, porém no final foi aprovada a transformação dos Correios em Sociedade por Ações - 100% nas mãos da União, mas até quando?) ...aos moldes de FHC, agora pretende fatiar os Correios através de subsidiárias através das "famosas" "Parcerias Público Privadas", onde todo prejuízo fica em tese e na prática, com o governo.
Assim, existe elementos suficientes com as "propostas" apresentadas pela ECT até o momento em querer dá corpo a dois possíveis ACT's, um seria manter para os que hoje estão na ECT o ACT 2015/2016 (e alegar avanço, ou seja, o "bode") baseada na súmula 277 que garantiu a incorporação do Acordo vinculado ao contrato individual de trabalho para os contratados até 31.07.2015, provavelmente dilatando esse período para 31.07.2016.
E a súmula 51 garante que poderá haver mais de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) por categoria e o golpe tudo indica que estará aí, pois para os futuros contratados seja concursados, terceirizados, Jovens Aprendiz ou MOT's esses teriam a CLT pura e com todas as perdas apontadas pela ECT, inclusive no plano de saúde, implantação de banco de horas, relação horista e uma série de ataques.
Não podemos permitir criação de "ACTs" pq vimos esse "filme" quanto ao Postalis plano BD, onde o discurso era que os antigos não iriam migrar para o POSTALPREV, foi só questão de tempo, será que com o "ACT I" e "ACT II" não pode ocorrer o mesmo? Lógico que pode!
NOS PREPAREMOS, POIS TEMOS MUITO PELO QUE LUTAR NA NOSSA CAMPANHA SALARIAL 2016/2017
VAMOS QUE VAMOS!
Hálisson Tenório
Diretor da FENTECT/SINTECT-PE
Diretor da FENTECT/SINTECT-PE
Membro da CNNM por Pernambuco
Membro da Unidos Pra Lutar setor Correios
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