Veículos parados por falta de combustível expõem caos logístico nos Correios do RJ

Mais um capítulo vergonhoso na gestão de Fabiano Silva dos Santos à frente da ECT: veículos da estatal amanhecem sem combustível e paralisações ganham força no Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, 17 de junho, os trabalhadores dos Correios no estado do Rio de Janeiro enfrentaram uma cena revoltante: veículos da estatal impedidos de sair às ruas por falta de abastecimento. O que deveria ser uma rotina de entrega virou mais um símbolo do descaso com a estrutura dos serviços públicos postais.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’aguida, relata o cenário de caos operacional, denunciando a suspensão do fornecimento de combustível para os veículos da empresa. A medida pegou todos de surpresa e escancarou a fragilidade da atual gestão.

“É um reflexo direto do sucateamento que temos denunciado. Não é pontual. É sistemático. É má gestão!”, criticou Sant’aguida.



Crise se agrava: é má gestão, não fatalidade

A paralisação por falta de combustível não é um caso isolado. É parte de um colapso administrativo mais amplo que atinge os Correios sob a liderança de Fabiano Silva dos Santos. Desde que assumiu a presidência da estatal, em 2023, Fabiano acumula críticas por decisões desastrosas, falta de diálogo com os trabalhadores e, agora, por interromper a principal atividade da empresa: entregar correspondências e encomendas.

Em vez de fortalecer a empresa pública com planejamento e gestão eficiente, a atual direção tem promovido o esvaziamento de funções, terceirizações, e precarização das condições de trabalho. A falta de combustível é apenas a consequência mais visível desse modelo.


Sindicato reage e vai a Brasília

Diante do agravamento da situação, dirigentes do SINTECT-RJ estiveram em Brasília, no mesmo dia 17, para entregar uma carta de denúncias ao presidente Lula e pressionar por mudanças na direção da ECT. A comitiva sindical também participou de atos simbólicos em frente ao Palácio do Planalto, clamando por:

  • Demissão de Fabiano Silva dos Santos;
  • Fim da terceirização e precarização;
  • Reestruturação da estatal com valorização do quadro efetivo.

A movimentação ocorre no contexto da Campanha Salarial 2025/2026, que já acumula tensões entre os trabalhadores e a direção da empresa. Até agora, a ECT não apresentou nenhuma proposta concreta para as reivindicações da categoria.


Uma empresa sem rumo

O episódio no Rio de Janeiro não é apenas uma falha operacional: é a síntese do colapso de gestão que tomou conta dos Correios. Uma empresa pública essencial, com mais de 350 anos de história, que vem sendo desmontada por dentro, sem projeto, sem comando e sem respeito aos seus trabalhadores.

O que era para ser exceção está virando rotina. A crise no abastecimento, os veículos parados, a precarização do trabalho e o silêncio da diretoria são marcas de um governo corporativo que não está à altura do desafio de recuperar a estatal.


A luta é agora

O SINTECT-RJ convoca a categoria a manter a vigilância, fortalecer a mobilização e ampliar a pressão. Não é apenas sobre gasolina nos tanques — é sobre o futuro de uma empresa pública que serve milhões de brasileiros.

"Se a direção não tem capacidade de garantir nem o combustível dos veículos, que dirá comandar uma negociação salarial ou um plano estratégico nacional", conclui Sant’aguida.


✍️ Por Junior Solid

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