Em situação financeira muito fragil, os Correios vai apresentar em prevê mais um plano de demissão voluntária, onde o publico alvo é cerca de 13 mil funcionários com 55 anos ou mais, mas a empresa ficará sastifeita se a adesão for de até 8 mil deles. Segundo os dados da empresa, os funcionários nessa faixa etária representam pouco mais de 15% dos 117,4 mil empregados.
Na proposta, o porcentual ainda não está fechado, mas a expectativa é que a empresa garante o pagamento de 35% do salário dos servidores por dez anos para os funcionários mais velhos com 58 anos. Aí o porcentual vai caindo.
Em nota, os Correios afirmaram que estão aguardando a aprovação do Ministério do Planejamento para apresentar o plano aos funcionários.
A estimativa é de que a economia para a empresa seja de R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão por ano.
A empresa deve registrar esse ano o quarto ano de prejuízo consecutivo, a estatal deve encerrar o ano com um prejuízo próximo ao de 2015, de 2 bilhões de reais. No ano, até outubro, o resultado está negativo em 1,5 bilhão de reais, mas a empresa ainda não divulgaram balanço referente ao ano de 2016.
Para o conselho de administração dos Correios, Marcos César Alves Silva, os Correios estão nessa situação por três fatores:
- O primeiro, o aparelhamento político;
- O segundo, o excessivo recolhimento de dividendos aos cofres do Tesouro nos anos em que o resultado era superavitário (ele estima em R$ 3,8 bilhões o valor que foi repassado ao governo, além do que os Correios eram obrigados);
- O terceiro, o represamento das tarifas no governo de Dilma Rousseff.
“Se o plano for feito dessa forma, garantindo os incentivos, será bastante atrativo”, diz Inês Capelli, presidente da (Adcap).
O último plano de desligamento incentivado para aposentados entrou em vigor em 2014 e foi até outubro deste ano. A empresa ofereceu como incentivo financeiro valor que variou de R$ 30 mil a R$ 150 mil, mas pagos de uma vez só.
Outra preocupação de Inês é em relação à situação do Postalis.
“O Postalis tem dinheiro para sustentar esse aumento significativo no número de aposentadorias?”
Fonte: O Estado de São Paulo
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