Correios Assinam Acordo Coletivo 2024/2025: Benefícios Atrasados e Críticas Necessárias

Nesta sexta-feira (13), os Correios assinaram o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025 em Brasília (DF). No entanto, essa assinatura vem após uma longa greve e reflete a falta de valorização dos trabalhadores por parte da administração e das lideranças políticas.


Impactos da Greve

Os empregados dos Correios enfrentaram uma greve prolongada porque a empresa não estava disposta a negociar de forma justa. O acordo só foi fechado depois da intervenção do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Isso mostra claramente que a empresa não estava preocupada em valorizar os trabalhadores. A greve durou seis meses, durante os quais os trabalhadores ficaram sem reposição salarial, o que teve um impacto negativo em suas finanças e moral.


Principais Conquistas do Novo Acordo

  • Reajuste Salarial: Um aumento de mais de 4,11% será concedido a 55 mil empregados. Embora isso seja uma melhoria, não compensa os meses de salários congelados.
  • Gratificação de Férias: A cláusula de gratificação de férias, que é de 70%, foi recuperada, mas isso só ocorreu após um atraso significativo.
  • Vale Peru: Um valor de R$ 2.500,00 será pago como Vale Peru, oferecendo algum alívio financeiro, embora não resolva a falta de reposição salarial durante seis meses.


A Importância dos Sindicatos na Greve

A greve foi possível graças ao esforço dos principais sindicatos que participaram ativamente, como os de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins, Bauru, Rio Grande do Sul e Ceará, entre outros. Esses sindicatos desempenharam um papel crucial na mobilização e luta pelos direitos dos trabalhadores. É lamentável que outros sindicatos não tenham se juntado à greve, apoiando indiretamente a administração. Esses sindicatos precisam refletir sobre sua posição e os trabalhadores de suas bases devem desenvolver uma maior consciência política sobre a situação. A solidariedade entre os sindicatos é essencial para garantir os direitos dos trabalhadores.


Crítica ao Presidente dos Correios e ao Governo

O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, elogiou o fechamento do acordo, mas sua gestão não demonstrou a devida valorização dos trabalhadores. A necessidade de uma greve e da intervenção do TST evidencia falhas na gestão da empresa.

Além disso, o presidente Lula, que foi eleito para defender os interesses da classe trabalhadora, deveria ter agido com mais eficácia para garantir que os direitos dos trabalhadores fossem respeitados. A falta de uma intervenção adequada do governo durante este período crítico é preocupante e mostra uma desconexão com as necessidades da classe trabalhadora.


Conclusão

Embora o novo acordo traga alguns benefícios, a necessidade de uma greve prolongada e a intervenção do TST indicam falhas na gestão da empresa e na política governamental. Os trabalhadores dos Correios merecem mais do que soluções tardias; eles precisam de respeito e uma abordagem proativa na defesa de seus direitos. Este episódio serve como um alerta: a dignidade e os direitos dos trabalhadores devem ser garantidos de forma justa e ágil, sem a necessidade de medidas extremas.


Siga o Blog Mundo Sindical Correios para ficar atualizado sobre esta e outras notícias importantes. Se você tem alguma opinião ou comentário, deixe-nos saber abaixo. E não se esqueça de compartilhar este post com seus colegas e amigos para que mais pessoas fiquem informadas!

Blog Mundo Sindical Correios – Aqui você encontra as últimas notícias e análises sobre o que impacta o mundo sindical e os trabalhadores dos Correios.



Postar um comentário

0 Comentários