O ano começou com um cenário preocupante nos Correios. Em diversos setores, como na SPM Leste, a queda drástica no volume de carga tem alterado a rotina dos trabalhadores. Muitos carteiros estão indo para as ruas mais cedo do que o habitual, reflexo de uma redução de cerca de dois terços na carga normalmente recebida.
Sobrecarga em Regiões com Falta de Efetivo
Enquanto alguns setores registram redução no trabalho, regiões com falta de efetivo enfrentam o oposto: sobrecarga. Esse desequilíbrio agrava as condições de trabalho e gera ainda mais insatisfação entre os empregados.
Para lidar com a sobrecarga, vários trabalhadores têm sido deslocados de suas unidades de origem para prestar serviço onde a demanda é maior. Essa mudança de rotina impacta negativamente a organização pessoal e profissional dos empregados, além de contribuir para a precarização das condições de trabalho.
Perda de Contratos e Impacto das Taxações
Os Correios têm enfrentado um duro golpe com a perda de contratos importantes, como os firmados com Shopee, Mercado Livre e Anjun. Além disso, a taxação das encomendas internacionais pelo governo gerou uma queda significativa no volume de pacotes vindos do exterior.
Antes da taxação, SPM recebia cerca de 100 mil objetos internacionais por dia. Hoje, esse número caiu para uma média de 20 mil encomendas diárias – uma redução de 80%.
As encomendas da China, que vinham sendo um alívio financeiro, deixaram de ser uma fonte significativa de receita, agravando ainda mais o cenário.
Áreas de Risco e Concorrência Privada
Outro problema grave são as áreas consideradas de risco. Nessas localidades, os clientes preferem optar por empresas privadas, que oferecem entrega diretamente em casa, enquanto os Correios frequentemente redirecionam as encomendas para agências ou CDDs perto da casa do cliente.
A falta de escolta para proteger os trabalhadores nessas regiões é um ponto crítico. Essa solução poderia aumentar a confiança no serviço dos Correios e atrair mais clientes, mas até agora, a empresa não tomou medidas efetivas para enfrentar esse desafio.
Concorrência com Empresas Privadas
As empresas privadas também têm conquistado os consumidores ao oferecerem entregas em qualquer dia da semana, incluindo sábados, domingos e feriados, até às 22h. Enquanto isso, os Correios limitam suas operações a dias úteis, com horários restritos.
Uma possível solução seria a criação de novos turnos, com entregas em horários estendidos e nos finais de semana. Para isso, poderiam ser oferecidos incentivos como adicionais de 200% para trabalhadores interessados, mas essa iniciativa ainda não foi explorada.
Falta de Ação do Governo e Propostas Inovadoras
A gestão atual dos Correios, sob o comando de Fabiano dos Santos, não apresentou avanços significativos em dois anos de governo Lula. Embora direitos trabalhistas retirados no governo anterior tenham sido devolvidos, ações concretas para revitalizar a empresa ainda não saíram do papel.
Propostas como a criação do Banco Postal Digital e de um Marketplace próprio poderiam melhorar as finanças da empresa, mas o governo parece estar paralisado diante dessa crise.
Conclusão
Os desafios enfrentados pelos Correios refletem uma necessidade urgente de adaptação às mudanças do mercado e fortalecimento da estrutura interna. Sem ações rápidas e eficazes, como a criação de novos serviços e a melhoria das condições de trabalho, a empresa corre o risco de perder ainda mais espaço para a concorrência privada.
E você, leitor, o que acha que poderia ser feito para salvar os Correios e garantir a valorização de seus trabalhadores? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este artigo para levar essa discussão adiante.
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10 Comentários
O governo Bolsonaro procurou sucatear a os correios para privatizá-lo, , e com isto abriu chance para que surgissem empresas concorrentes fazendo a carga dos correios diminuírem significativamente.
ResponderExcluirOs correios vem sendo sucateado antes do governo de Bolsonaro, é só perguntar p quem é mais antigo nos correios, e nessa epoca já era governadopelo PT. Acorda povo!!!
ExcluirGoverno no qual, seu principal objetivo é privatizar todas as empresas públicas que puder e colocar dinheiro no bolso dos políticos corruptos . Os correios não necessitam de dinheiro público para se manter,.
ResponderExcluirA verdade é q a empresa tem q se atualizar, a transportadora entrega em qualquer lugar e faz o possível pra não devolver, mas a gente sabe q nos Correios vários colegas não esquentam kbca e devolvem msm q deem pra entregar, ou seja, isso vai acabar com a empresa
ResponderExcluirQuem ainda está sustentando os correios é o governo lula ,se não próxima eleição lula não for eleito os correios não sobreviverá
ResponderExcluirSe a direita na próxima eleição tomar conta ,os correios vão ser privatizado com certeza
ResponderExcluirCadê o marketplace que o presidente prometeu ainda no final do ano passado? Se fizer um marketplace bem feito com a logística que tem os Correios,com certeza iria gerar muito lucro.
ResponderExcluirA concorrência tá engolindo os correios, porque eles entregam sábado e domingo, os correios tem que abrir essa opção, tem que dar incentivo aos trabalhadores que queiram, trabalhar em horário diferenciado
ResponderExcluirE tbm fazer parceria com outras empresas para entregas aos fins de semana,
ExcluirFuncionários dos correios quer nada com nada, só dar nota falsa
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