Concurso dos Correios é homologado após 14 anos de espera: alívio parcial para quem segurou o rojão

Nesta segunda-feira (14), os Correios homologaram o resultado final do aguardado concurso público nacional, com publicação no Diário Oficial da União. O certame contempla candidatos de níveis médio e superior e marca a primeira seleção da empresa desde 2011.  

Mais de um milhão de pessoas participaram, disputando 3.511 vagas – das quais 30% foram destinadas a candidatos negros e indígenas, e 10% a pessoas com deficiência. A convocação dos aprovados ocorrerá conforme a necessidade da estatal e a ordem de classificação.


Alívio? Sim. Mas também um lembrete do descaso

É importante comemorar a realização desse concurso. Afinal, por mais de uma década, os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios seguraram o tranco. Foram 14 anos sem reposição de pessoal efetivo, o que levou à sobrecarga, adoecimentos físicos (problemas na coluna, joelho, articulações), e adoecimentos mentais causados pelo estresse constante e pelo medo de assaltos.

Durante esse período, carteiros ficaram doentes e exaustos, enfrentando jornadas pesadas para cobrir setores inteiros sozinhos. E a ausência de concursos tornou a situação ainda mais insustentável.


Uma resposta do governo Lula, mas longe de ser suficiente

Não dá para ignorar que essa nova seleção é uma resposta do atual Governo Federal, que vem retomando concursos públicos em várias áreas do serviço público federal. É um avanço, sim, e mostra que estamos, ao menos, no caminho certo.

Porém, vale a crítica: o número de vagas ofertadas não supre a real necessidade da empresa. A defasagem é grande, e a quantidade de trabalhadores prevista nesse concurso está longe de resolver o problema estrutural deixado por anos de abandono.


Dilma, Temer, Bolsonaro: passaram e nada fizeram

É impossível não lembrar que nos governos Dilma (somente 2011), Temer e Bolsonaro não houve concurso para carteiro. Foram anos de sucateamento, redução de quadros, pressão por produtividade e, em alguns momentos, ameaças constantes de privatização.  

Durante esse tempo, os trabalhadores seguiram firmes, muitas vezes sacrificando a saúde para que o serviço fosse mantido. Agora, com o novo concurso, vemos um pequeno passo adiante, mas a luta por condições dignas de trabalho continua.


Conclusão: não é o fim da estrada, mas já dá pra enxergar a próxima curva

O concurso homologado é uma conquista importante e deve ser celebrada. No entanto, não podemos baixar a guarda. O movimento sindical precisa continuar cobrando mais contratações, melhores condições de trabalho, valorização real da categoria, e o fim do abandono que marcou os últimos anos.

Aos novos concursados, sejam bem-vindos. E que se somem à luta dos que estiveram na linha de frente durante os tempos mais difíceis.


E aí, companheiro(a)? O concurso veio no tamanho certo ou ainda falta muito pra reparar os anos de abandono? Deixe seu comentário, compartilhe com a base e fortaleça o debate.  


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