Pejotização, desmonte e falta de criatividade: o risco que ameaça os Correios

Pejotização: fraude que precariza o trabalho

O Brasil enfrenta um problema sério: a pejotização. O que deveria ser empreendedorismo individual virou arma de fraude trabalhista. Empresas contratam trabalhadores como “pessoas jurídicas” apenas para fugir dos direitos garantidos em carteira — férias, 13º, FGTS e previdência.

Essa prática gera uma concorrência desleal, porque quem contrata corretamente com carteira assinada não consegue competir em igualdade. O resultado é precarização generalizada.

É urgente que haja regulamentação rígida e fiscalização séria. Empresas que utilizam contratos fraudulentos devem ser multadas pesadamente ou até mesmo fechadas. E trabalhadores que usam o CNPJ de forma irregular devem perder o registro.


Correios precisam inovar com fidelização e marketplace

No caso dos Correios, a saída deveria ser a transformação em uma empresa de prestação de serviços com base na fidelização. O marketplace da estatal, por exemplo, poderia ser uma poderosa ferramenta de geração de receita.

O problema é que, até hoje, falta iniciativa. Nem sequer um panfleto nas agências, entregue pelos carteiros, foi feito para divulgar o serviço. Essa ausência de criatividade enfraquece a empresa diante da concorrência.


O desmonte contínuo da estatal

Infelizmente, o que vemos é a continuidade do desmonte dos Correios:

  • Temer iniciou a retirada de investimentos.
  • Bolsonaro intensificou o sucateamento e ameaçou com privatizações.
  • Lula, até agora, não injetou um único centavo para fortalecer a estatal e manteve dirigentes alinhados ao grupo anterior.

O resultado é a destruição silenciosa de uma das empresas públicas mais importantes do Brasil.


O que está em jogo

Os Correios não são apenas uma empresa de entregas. São estratégicos para a integração nacional e para garantir a presença do Estado onde a iniciativa privada não chega.

Sem investimento, criatividade e coragem política, veremos os Correios se tornarem cada vez mais irrelevantes — e isso interessa apenas aos privatistas e aos que lucram com a precarização.


✍️ Por Junior Solid

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