Governo escolhe novo presidente para os Correios

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, para assumir a presidência dos Correios. O nome já passou pela Casa Civil e será avaliado pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração da estatal. A previsão é que a posse ocorra nos próximos dias.

Rondon chega para substituir Fabiano Silva dos Santos, que pediu demissão em julho. A nomeação acontece em um momento delicado: somente no primeiro semestre de 2025, os Correios acumularam um prejuízo de aproximadamente R$ 4,4 bilhões.


Um nome de fora da carreira dos Correios

A escolha gerou comentários, já que o novo presidente é funcionário de carreira do Banco do Brasil, e não dos Correios. Para parte dos trabalhadores, isso pode soar como desvalorização da trajetória de quem dedicou a vida à empresa postal.

De um lado, Rondon traz experiência em gestão financeira e administrativa, o que pode ajudar a reverter os números negativos. De outro, não tem vivência na logística postal, setor que exige conhecimento específico e sensibilidade com as realidades locais.


O que esperar da nova gestão

Dois pontos centrais preocupam os trabalhadores:

  1. Demissões em massa – Há pressões políticas para reduzir o quadro de funcionários, chegando a cogitar cortes de até 10 mil trabalhadores. A categoria teme que o novo presidente siga essa linha, alinhado a interesses externos à empresa.
  2. Respeito à carreira dos Correios – Os trabalhadores esperam que o novo comando valorize a experiência e dedicação de quem conhece a realidade da estatal, ouvindo técnicos e especialistas da casa.

Entre a tradição e a visão de futuro

Historicamente, os Correios sempre tiveram presidentes ligados à área postal ou ao serviço público. A chegada de um nome do Banco do Brasil pode representar uma tentativa de quebrar padrões, trazendo novas ideias para reestruturar a estatal.

No entanto, para dar certo, Rondon terá de combinar sua visão de gestão com a humildade institucional de ouvir quem faz a empresa funcionar diariamente: os trabalhadores dos Correios. Sem isso, corre-se o risco de aumentar a distância entre a direção e a base, enfraquecendo ainda mais a estatal.


Conclusão

A escolha de Emmanoel Schmidt Rondon é um teste para o governo Lula: será que o novo presidente conseguirá equilibrar rigor financeiro com valorização do corpo de funcionários?

Os próximos meses mostrarão se a decisão foi um acerto ou um equívoco. O que é certo é que os trabalhadores estarão atentos, defendendo os Correios como patrimônio do povo brasileiro.


✍️ Por Junior Solid

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