Correios anunciam mudança de fornecedor do VA/VR: o que está por trás da troca e o que muda para os trabalhadores

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) comunicou oficialmente, por meio do Ofício Circular nº 61959471/2025 – GBEN/CEGEP, o resultado da votação que definiu os novos fornecedores de vale-alimentação e vale-refeição (VA/VR) dos empregados. A decisão marca o fim do contrato iniciado em 2020 com a Ticket Serviços S/A e a entrada da VR Benefícios em parte das regiões do país.


Como ficou a divisão regional

Região Estados Fornecedor vencedor
Centro-Oeste DF, GO, MS, MT Ticket Serviços
Norte AC, AM, AP, PA, RO, RR, TO VR Benefícios
Sudeste (SP interior e parte de MG) SP (SPI), MG Ticket Serviços
Sudeste (ES, MG e RJ) ES, MG, RJ VR Benefícios

Os novos contratos entram em vigor a partir de 16 de dezembro de 2025, e os empregados das regiões atendidas pela VR receberão novos cartões ainda em novembro.


Por que essa mudança aconteceu

A troca de fornecedores é resultado de um conjunto de fatores administrativos, legais e financeiros:

  • Fim dos contratos de 2020: os acordos anteriores com Ticket e VR chegaram ao término ou exigiram renovação/credenciamento.
  • Novas regras federais: alterações regulatórias no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) têm exigido interoperabilidade, concorrência e limites nas taxas.
  • Crise financeira nos Correios: diante de cortes e tensões orçamentárias, a estatal busca reduzir custos e ajustar contratos.
  • Pressão dos trabalhadores: a empresa abriu votação interna, permitindo que empregados escolhessem entre fornecedores credenciados.

O que muda para o trabalhador

Resumo prático: novos cartões onde houver mudança de fornecedor; créditos atuais mantidos; empregados que não votaram serão vinculados ao fornecedor vencedor de seu lote; dúvidas via Help Desk (formulário 08.12).

Embora a ECT afirme que não haverá interrupção no pagamento dos benefícios, a transição operacional exige atenção: emissão de novos cartões, prazos para créditos e atendimento aos empregados. Os sindicatos devem acompanhar para garantir que ninguém seja prejudicado.


Um retrato da gestão e das contradições

A substituição revela uma contradição da atual gestão: enquanto se fala em modernização, o dia a dia do trabalhador segue marcado pela incerteza. A mudança é técnica, mas também política — parte de um ajuste que passa por economia, fornecedores e regras federais.


Defender o benefício é defender o trabalhador

O vale-alimentação/refeição é parte essencial da remuneração. Os sindicatos precisam fiscalizar a transição, exigir transparência e impedir que a mudança sirva de justificativa para atrasos ou perda de direitos.

✍️ Por Junior Solid

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