Durante toda a semana, os Correios voltaram a ocupar espaço nos principais portais de notícias do país — e, como tem acontecido nos últimos meses, a maior parte das manchetes segue carregada de ataques à empresa e aos trabalhadores. Para completar o pacote de turbulências, a direção da ECT anunciou um chamado “plano de reestruturação”, cujo centro é a proposta de demitir entre 10 e 15 mil trabalhadores.
A resposta sindical veio na mesma velocidade. A FENTECT, o SINTECT-SP e diversas entidades de base deixaram claro que não aceitarão nenhum ataque aos empregos, aos direitos e ao Acordo Coletivo. A categoria, mais uma vez, mostra que sabe se organizar quando a ameaça é real.
FENTECT denuncia incompetência da gestão e repudia plano de demissões
Em nota contundente, a FENTECT repudiou a proposta de demissão em massa e responsabilizou diretamente a atual direção pela crise financeira. A federação destaca:
- Três diretores de negócios passam pela empresa sem conseguir formular um plano de negócios sólido.
- Os Correios não têm conseguido disputar espaço no e-commerce e na logística, justamente por ausência de estratégia.
- A empresa sofre há mais de uma década com falta de concursos, envelhecimento do quadro e sobrecarga operacional.
A federação questiona: como pode uma empresa que não investiu na recomposição de pessoal e nem em planejamento agora querer jogar a conta nas costas da categoria?
A resposta é firme: os trabalhadores não vão pagar pela crise criada por má gestão. Se a direção insistir em atacar o ACT ou os empregos, haverá reação nacional.
SINTECT-SP alerta: plano é transformar os Correios em uma empresa menor e subordinada ao setor privado
O SINTECT-SP segue na mesma linha, destacando que os ataques vêm em paralelo à Campanha Salarial — justamente no momento em que os trabalhadores reivindicam a reedição integral do ACT, sem retrocessos.
Segundo o sindicato:
- O plano da empresa é reduzir quadro, enfraquecer o Acordo Coletivo, congelar salários e atender aos interesses de empresas privadas de logística.
- Demitir 10 mil trabalhadores via PDV seria apenas a primeira etapa de um processo maior de redução da estatal.
- O governo federal, que indicou direções ao longo dos anos, tem responsabilidade direta sobre a crise atual.
O texto do sindicato é categórico: pegar dinheiro emprestado e pagar juros abusivos não é solução — é submissão ao mercado financeiro.
Investimento público é a única saída real, dizem os sindicatos
Os sindicatos defendem que:
- Os Correios são uma estatal essencial, presente onde empresas privadas não querem atuar.
- A empresa é responsável por políticas públicas fundamentais, como ENEM, SUS, vacinas, documentos judiciais e serviços de comunicação postal.
- Para recuperar competitividade, é preciso investir com recursos da União, não encolher a empresa.
Do contrário, o risco é claro: transformar os Correios em um braço logístico barato para grandes plataformas privadas.
Convocações importantes da categoria
Os dois textos reforçam que a mobilização será o eixo central da resposta dos trabalhadores. Os próximos passos incluem:
- Assembleia unificada — 2 de dezembro
- Plenária de Delegados — 29 de novembro
A crise não nasceu dos trabalhadores - e eles não vão pagar por ela
A mensagem central é cristalina: os trabalhadores dos Correios não criarão a narrativa da crise e não aceitarão ser feitos de culpados por erros de gestão, falta de planejamento e decisões políticas equivocadas.
Da década de 1980 até hoje, toda crise dos Correios foi resolvida com investimento, planejamento e quadro de pessoal forte — nunca com cortes e desmontes. O movimento sindical sabe dessa história, e por isso se antecipa:
- Nenhum direito a menos.
- Nenhuma demissão injusta.
- Nenhum ataque ao ACT.
- Correios públicos, fortes e integradores.
✍️ Por Junior Solid
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