O Acordo Coletivo de Trabalho 2025 dos Correios entrou em dezembro sem desfecho, algo totalmente inédito para uma categoria acostumada a ver o ACT concluído antes do fim do ano. São cinco meses de atraso desde o início das negociações, iniciadas em julho, e cada semana adicional aumenta a insegurança, a pressão e o desgaste psicológico dos trabalhadores.
Em meio a esse cenário, os carteiros, atendentes, OTTs e demais áreas convivem diariamente com manchetes sobre rombos bilionários, rumores de cortes, mudanças unilaterais como a 12x36, e a total ausência de informações concretas sobre salários e benefícios. A base está angustiada — e com razão.
Empresa promete proposta, mas reunião é cancelada e angústia aumenta
Foi nesse clima que a direção da empresa marcou, na noite de 01/12, uma reunião para o dia 04 de dezembro, afirmando que apresentaria propostas financeiras e operacionais — exatamente o que a categoria mais aguardava. A simples menção de que haveria uma proposta oficial acendeu expectativa e ansiedade em milhares de trabalhadores, que já se sentem abandonados em um processo que se arrasta há meses.
Porém, a reunião não aconteceria.
As federações — FENTECT e FINDECT — recusaram a data sugerida pela ECT, argumentando que já havia um acordo anterior para reuniões nos dias 09, 10 e 11 de dezembro, e que uma convocação de última hora prejudicaria a organização, a logística e as finanças das entidades. A carta enviada pelas federações reforça esses pontos e critica o envio ter ocorrido às 21h26, fora do horário comercial.
Embora os argumentos institucionais existam, o impacto imediato sobre os trabalhadores é inegável:
- A proposta que todos esperavam ficou para depois.
- O ACT continua parado.
- A incerteza aumenta.
Jogo de datas impede debate e aumenta angústia na categoria
Hoje, assembleias em todo o Brasil debatem o estado de greve, e a assembleia nacional do dia 09/12 poderá decidir pela deflagração da paralisação. Porém, com a reunião também marcada para o dia 09, é praticamente impossível que a categoria tenha tempo de conhecer, analisar e debater a proposta antes de decidir sobre a greve.
O resultado desse jogo de datas?
- Os trabalhadores ficam angustiados.
- O ACT segue sem avanço.
- A empresa improvisa, as federações reagem, e a base fica no meio — sem respostas.
Enquanto a empresa promete propostas e as federações buscam manter o calendário inicialmente estabelecido, quem mais sofre é o trabalhador, que segue sem reajuste, sem segurança e sem perspectiva, em pleno dezembro e sob o risco de uma greve nacional.
O ACT, que deveria ser o instrumento de confiança e equilíbrio entre empresa e empregados, tornou-se um ponto de tensão permanente. E, neste momento, a categoria segue como está há meses:
esperando, no escuro e à deriva, enquanto decisões são tomadas acima das suas cabeças.
✍️ Por Junior Solid
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