A terça-feira (10) em Brasília foi marcada por mais um capítulo de desrespeito da direção dos Correios aos trabalhadores. Após semanas de enrolação, cortes propostos e ausência de proposta econômica, a empresa simplesmente não apareceu na reunião de negociação do Acordo Coletivo marcada para hoje.
E não foi só: a direção da ECT enviou o Acordo Coletivo diretamente para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), atropelando o processo negocial e ignorando a categoria. O TST já marcou reunião de conciliação para amanhã, 11/12, às 9h.
O pacote de ataques apresentado pela empresa
Na reunião do dia 09 de dezembro, a empresa apresentou um conjunto de propostas que revoltou a categoria, incluindo:
- Retirada do plano de saúde Postal Saúde
- Retirada dos 70% das férias
- Retirada da entrega matutina
- Retirada do ticket extra
- Implantação do SD da morte sem contratar os concursados
Além disso, a direção não apresentou nenhuma pauta econômica — nenhum centavo de reajuste, nenhuma reposição, nada.
Trabalhadores veem escalada de ataques
A ausência da empresa na mesa hoje, dia 10, é vista como um gesto calculado para empurrar os trabalhadores para uma negociação direta no TST, fragilizando a força da categoria e tentando impor perdas históricas.
A manobra reforça a avaliação de sindicalistas: a ECT intensificou os ataques contra seus próprios trabalhadores, apostando no desgaste e na desmobilização.
Mobilização cresce: GREVE GERAL dia 16/12
Diante desse cenário, dirigentes e bases de todo o país apontam para uma necessidade imediata:
Organizar uma grande GREVE GERAL no dia 16 de dezembro.
A orientação é clara: lotar as assembleias em todos os estados, preparar estados de greve e fortalecer a pressão diante do TST e da direção da ECT.
A categoria exige:
- Respeito à mesa de negociação
- Devolução da pauta ao processo regular
- Apresentação imediata da proposta econômica
- Retirada de todos os ataques ao ACT
- Contratação dos concursados
Amanhã é decisivo
Com a reunião marcada pelo TST para 11/12 às 9h, os trabalhadores acompanham com atenção. O futuro do ACT, dos direitos e do próprio trabalho nos Correios será disputado nas próximas horas.
E, se depender da categoria, a resposta será nas ruas e nas unidades:
GREVE NACIONAL!
✍️ Por Junior Solid
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